Maria Cerqueira Gomes é uma figura que suscita curiosidade. Começou, na verdade, por ganhar a empatia do público quando foi 'atirada aos lobos' com a inglória missão de substituir Cristina Ferreira nas manhãs da TVI e, se não fosse um caso de resiliência, por estes dias já teria desaparecido do panorama mediático.
Na altura com um filho bebé a 300 quilómetros de distância e a relação com o companheiro a ruir, a apresentadora teve de se dividir entre duasrealidades: aquela que deixou no Porto e o empolgante mundo da televisão que a esperava em Lisboa. Escolheu a família e regressou um ano mais tarde à sua terra natal, o que lhe valeu mais um voto de carinho por parte do público, que nunca a deixou cair.
Maria Cerqueira Gomes faz primeira aparição pública com o namorado e não esconde paixão
Maria não desapareceu completamente e, aos poucos, mostrou que era possível ter o melhor de dois mundos: ser mãe e manter a sua vida no Porto e, por outro lado, continuar a sua carreira televisiva.
Hoje, cinco anos depois, Maria já é um nome incontornável e não só em Portugal. O romance com Cayetano Rivera abriu-lhe portas a um mundo de salero e afición no país vizinho e deu-lhe também agora a possibilidade de ver a sua vida retratada num documentário para a Prime Video.
Na série, a apresentadora entreabreas portas da sua intimidade, mas não mostra tudo. No entanto, abre o seu coração ao falar sobre os grandes amores da sua vida.
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A NOVA VIDA DA FILHA KIKA
Atualmente, o nome de Maria Cerqueira Gomes é quase indissociável do da filha mais velha, Francisca, que se tornou num fenómeno nas redes sociais e dobrou o mediatismo devido ao romance com o milionário piloto de Fórmula 1 Pierre Gasly.
A apresentadora foi mãe muito nova, quando tinha apenas 19 anos, e hoje, aos 41, são mais os anos que leva ao lado de Kika do que sem ela, em algo que se traduziu numa cumplicidade sem limites.
Encontre as diferenças: Maria Cerqueira Gomes e a filha, Francisca
É, por isso, com o coração apertado, mas também com orgulho desmedido, que assiste ao momento de a filha ganhar asas: encontra-se a viver em Paris, onde está a estagiar numa empresa que comercializa colagénio, numa mudança não isenta de receios.
"Agora já se adaptou melhor porque Paris é uma cidade difícil ao início e está perigosa. Do que eu tenho medo é que ela não volte e acho que ela não vai voltar, mas se ela é feliz assim...", fez saber Maria, no documentário, acrescentando que criou a filha mais velha com muito mimo.
Durante vários anos, foram apenas as duas e, talvez por isso, quando refez a sua vida amorosa ao lado de António Miguel Cardoso e voltou a engravidar, a reação de Kika não tenho sido a melhor.
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"A Francisca quando eu lhe disse que estava grávidaparecia que lhe estava a dizer que tinha uma doença, porque ela ficou péssima. Era muito mimada, filha única, os mimos todos em cima dela. Mas se me perguntarem qual é o melhor papel que a Francisca desempenha é o de irmã", elogiou Maria, enquanto Kika admite que hoje não se revê nesse comportamento.
"Tive a pior reação, de filha única, foi muito má. Fugi de casa, para casa da minha avó, tinha 13 ou 14 anos. Mas no segundo em que o vi (o irmão, João, hoje com seis anos) amei-o de morte. Neste momento, é a minha pessoa favorita", recordou.
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O AMOR POR CAYETANO RIVERA
Depois de ter terminado a relação com o pai do segundo filho, Maria esteve solteira durante algum tempo, até que, numa entrevista para a TVI, conheceu Cayetano Rivera. Não se pode dizer que tenha sido amor à primeira vista, mas o toureiro não esqueceu a portuguesa e meses mais tarde estava a enviar-lhe mensagens a pretexto de lhe pedir dicas para uma estadia em Portugal.
"Foi tudo muito natural. Eu apercebi-me que ele estava solteiro, eu solteira estava e foi assim. Àprimeira vista não era de todo um homem que me despertasse algo de bom, sou honesta. Era demasiado bonito e a minha avó sempre me disse: 'homens bonitos dão muito trabalho'. E olha, um ano e alguns meses já de namoro... E ele já conhece a minha famíliatoda, gostaram muito dele. E eu já conheçogrande parte daqueles que o rodeiam e que fazem parte da vida dele", disse no documentário, em que admite que o namorado a ensinou a viver a vida com mais desprendimento e a aproveitar melhor o dia a dia.
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Tudo às claras! Maria Cerqueira Gomes e Cayetano Rivera já não escondem paixão
Talvez por isso, na cabeça de Maria Cerqueira Gomes não esteja muito claro se ainda pensa ou não em ir ao terceiro filho. "Se penso em voltar a ser mãe? na verdade não, mas depende... Eu com 40 anos, acho que já passei a fase de dizer nem sempre nem nunca. À partida não, mas não sei...", diz, adiantando que, apesar das relações fracassadas com os pais dos filhos, é muito bem resolvida em relação ao passado.
"A relação com o pai da Francisca e do João é muito clara e fácil. Primeiro porque eu escolhi muito bem os pais dos meus filhos, fui muito certeira. São ambos ótimos pais..."
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UM REFÚGIO CHAMADO PORTO
Maria Cerqueira Gomes nunca se adaptou completamente à vida em Lisboa e admite que é no Porto que se sente em casa, feliz. "O Porto é casa, não consigo imaginar a minha vida sem isto", diz Maria que, oriunda de uma família de um extrato social elevado, se movimento entre os círculos mais elitistas da invicta. É sobrinha de Batata Cerqueira Gomes, um conhecido empresário do Norte, e tem uma família numerosa, com sete irmãos, fruto dos novos relacionamentos dos pais, que se separaram quando tinha 10 anos.
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Até então, a apresentadora assume que vivia numa espécie de País das Maravilhas, rodeada de mimos, e nada conhecia sobre os dissabores da vida. "A minha infância foi muito normal, sempre fui mimalha, sempre gostei muito de colo. Bebi biberão até aos dez anos e só podia ser feito pelo meu pai, porque ele punha para além de chocolate, açúcar no leite", recorda a estrela da TVI, acrescentando que o primeiro grande baque foi mesmo o divórcio dos pais.
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"Quando os meus pais se separaram, eu tinha à volta de dez anos. Mudei de escola e percebi que a vida não era só fantasia. Foi assim uma fase mais complicada para mim."
Ainda que na altura não tivesse entendido a mudança, a verdade é que esta definiria a sua vida nos moldes que hoje conhece, dando-lhe a oportunidade de ter uma família numerosa e convívios de casa cheia.
De entre todos os membros do clã, é, no entanto, a avó a única a deixar Maria de lágrima no olho. Se sobre o pai admite ter sido o primeiro homem da sua vida, com a mãe revela que choca em termos de feitio. A grande referência é a avó Dulce, de quem aprendeu a seguir os passos de uma mulher forte e preserverante.
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"A minha avó tem 90 anos e é uma mulher inacreditável (emociona-se). Ela que não me veja a chorar. Uma das coisas que me fez fazer isto (documentário) foi tê-la aqui, porque acho que é uma forma de a eternizar. Ela é inacreditável. 90 anos, cheia de filhos, uma capacidade de trabalho incrível. Sempre casa cheia, sempre a cozinhar. Sou uma sortuda", elogia.
A CARREIRA QUE SOUBE CONSTRUIR
Começou no Elite Model Look e acabaria por tornar-se apresentadora quando o Porto Canal surgiu. O seu programa em nome próprio destacava-se na altura, mas quando foi chamada para substituir Cristina Ferreira, Maria Cerqueira Gomes era, para a generalidade das pessoas, uma ilustre desconhecida.
Chegou à TVI com o canal absolutamente debaixo de fogo. A saída de Cristina tinha deixado o ambiente a ferro e fogo e não era propriamente um tempo feliz para aprendizagens, mas mais um salve-se quem puder. Hoje, é claro perceber como Maria se podia ter espalhado ao comprido, condenado a sua carreira ao fracasso, porque quase ninguém lhe deu a mão, mas não o fez.
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Ao recordar esses tempos, Manuel Luís Goucha admite que não foram os mais felizes, assumindo ter"descurado um bocadinho a Maria". "Foi complicado no início. Aliás os primeiros seis meses foram horríveis", revelou a Iva Domingues."Estávamos no meio do furacão a esbracejar e não nos apoiávamos um ao outro."
Maria depositou muitas energias no novo desafio, mas não tirou os pés do chão e quando, terminado o 'Você na TV', regressou ao Porto, sabia que os seus dias na TVI podiam não evoluir como tinha pretendido, mas mais solta e novamente junto da família, soube dar a volta encontrando um desafio à sua medida, trabalhando aos fins de semana e tendo o resto dos dias mais folgados para poder estar junto dos filhos, sobretudo do mais novo.
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Hoje, e já num outro patamar, continua sem levitar ao sabor da fama e consciente de que, neste meio, é fácil ter tudo, mas também ficar sem chão, razão pela qual não se deslumbra em relação a um futuro ao estilo de Oprah Winfrey.
"Daqui a dez anos provavelmente já nãoestarei em televisão. Não acho que perdure tanto tempo em televisão", diz, tranquila com essa perspetiva, até porque o seu verdadeiro objetivo de vida não se prenda com o que pode ganhar ou conquistar, mas sim com um nível de estabilidade emocional.
Manuel Luís Goucha confessa que nem sempre tratou Maria Cerqueira Gomes com justiça
"Onde eu queria estra é feliz, tranquila, com uma vida boa, com os meus filhos a irem e virem, os meus irmãos, os meus pais."
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